
Em 1950 saía de linha o Rolls-Royce Phantom III, e entrava o IV, primeira edição do carro à chegar no Brasil, conquistou a elite do nosso país, fazendo com que todos os magnatas da época fossem unânimes em escolher seu carro de passeio.
O acabamento interno do carro era perfeito, bancos na cor que o dono preferisse, teto solar (sem abertura, pois não existia essa tecnologia de abrir teto solar na época, mas só o fato de ver o céu de dentro do carro ja era fascinante), tinha também os cinzeiros, porta copos, escora-braços em couro, e todos os acabamentos do painel e das portas eram em madeira, resumindo, era simplesmente o carro de luxo definitivo.
E apartir desse ano, a Rolls, como era chamada popularmente pela elite, começou a crescer exaustivamente no Brasil, em 1959 entrou o Phantom V, ainda mais arredondado e bem acabado que o antecessor, e em 1968 o Phantom VI veio pra não deixar dúvidas, de que o carro era a marca do luxo, e da riqueza, sobre rodas. Mas o nome destruiu a marca, 3 anos depois do Phantom VI abalar o bolso e o coração dos brasileiros, saia nos EUA o Corniche, um Rolls Royce conversível, com janelas de abaixamento elétrico, ventarolas giratórias, capota eletrônica, câmbio automático, e calotas cromadas. O carro era tudo, unia o luxo, o conforto à família, o porta-malas espaçoso, e a velocidade alucinante, em uma só coisa, que fazia de você o rei do lugar aonde passasse. Ou pelo menos FARIA de você o rei do lugar aonde passasse, até que as pessoas olhassem natularmente para a tampa do porta-malas para ler o nome do carro e lêssem CORNICHE II.
Nos EUA, Corniche deve ser um nome bonitinho, e com toda a certeza do mundo, o cara que criou o carro não falava o português, ou pelo menos, não se importou com as nossas gírias na hora de batizá-lo. Isso fez com que as vendas da "marca do corno'', e não mais ROLLS, caíssem no Brasil, e como podemos ver, continua até hoje em baixa, temos poucas encomendas de Rolls Royces no brasil, mas apesar de tudo, eu vou comprar um Corniche III, que saiu em 1998, quando eu puder, pois é um dos carros mais lindos que eu conheço, até que o cara do seu lado na sinaleira pergunte o nome.
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